Você toma sol diariamente ou fica sempre em ambientes fechados? Quando exposto ao sol, usa protetor solar? Seu médico já verificou como está a dosagem dessa importante substância em seus exames de rotina?
A chamada vitamina D é muito mais que uma vitamina e que um hormônio pois controla cerca de 10% das funções celulares do organismo humano (cerca de 2500 funções). Poderia até mesmo ter uma classificação exclusiva, pois, diferente de outras vitaminas, ela atua em praticamente todo o corpo, até mesmo na boca.
Essa poderosa substância esteroide também pode ser encontrado em alguns alimentos, como, salmão, sardinha, shitake, gema de ovo, manteiga, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Além disso, é muito mais eficiente e barato que a vitamina D seja sintetizada pelo próprio organismo a partir da interação dos raios solares UVB com a pele, fígado e rins.
Embora o Brasil seja um país tropical com muitos dias ensolarados, segundo o IBGE 99% dos brasileiros apresenta níveis sanguíneos baixos de vitamina D. No mundo, cerca de 80% da população urbana apresenta esse déficit.
O receio aos danos do sol à pele e a maciça propaganda e indicação de protetores solares tem diminuído a exposição humana ao sol, comprometendo a síntese adequada de vitamina D no planeta.
A vitamina D está associado à ocorrência (suscetibilidade) e à sustentação (gravidade) de virtualmente todas as doenças ou manifestações autoimunitárias, incluindo-se a esclerose múltipla, neurite óptica, doença de Devic, doença de Guillain-Barré (poliradiculo-neurite), polineuropatia, miastenia gravis, artrite reumatóide, lúpus (discóide ou eritematoso sistêmico), doença de Crohn, retocolite ulcerativa, doença celíaca, cirrose biliar primária, hipotireoidismo (tireoidite de Hashimoto), uveíte, episclerite, psoríase, vitiligo, abortos no primeiro trimestre da gestação, doença periodontal, diabete infanto-juvenil, alergias, etc. Também encontram-se associados à deficiência de vitamina D (facilitados, induzidos ou favorecidos por ela) outros distúrbios ou doenças não autoimunitárias (ou ainda não classificadas como autoimunitárias pela ciência contemporânea), tais como câncer, hipertensão, diabete da maturidade, acidentes cardiovasculares, osteopenia e osteoporose, depressão, distúrbio bipolar, esquizofrenia, infertilidade, malformações congênitas, dor crônica (incluindo-se a fibromialgia e a enxaqueca), doenças neurodegenerativas (como Parkinson e Alzheimer), sonolência excessiva, etc.
A deficiência de vitamina D no organismo também pode acarretar problemas para saúde bucal.
Problemas na osseointegração de implantes dentários são revelados em pacientes com deficiência da vitamina D, ou seja, os implantes não se fixarão ao osso ou ficarão fracamente fixados, podendo levar ao fracasso da reabilitação.
Câncer bucal e doenças autoimunes que afetam a boca como a Doença de Behçet são evitadas ou controladas com a presença da vitamina D.
Mau hálito é outro problema acarretado pela deficiência da vitamina D. A falta da vitamina, leva a um excesso de descamação das células da mucosa bucal que se acumulam e apodrecem na boca gerando o odor desagradável.
Mesmo ainda sem conhecermos os mecanismos, alguns estudos revelaram que há relação estatística entre deficiência de vitamina D e aumento da incidência de cáries.
A maior autoridade brasileira em Vitamina D, Dr. Cícero Galli Coimbra recomenda de 15 a 20 minutos de exposição solar diários, pés e mãos expostos e sem protetor solar em horários adequados, antes das 10h e após as 16 h, quando a sombra da pessoa se projeta do mesmo tamanho. Aliar uma alimentação saudável, rica em alimentos com vitamina D, devem garantir a necessidade suficiente dessa vitamina no organismo para a maioria das pessoas.
Se mesmo assim, no exame de sangue constar insuficiência de vitamina D, suplementos da mesma podem ser administrados via oral e sob orientação médica.